As igrejas se proliferam todos os dias, como um vírus sem cura.
Mas o AMOR, a base de todo o Cristianismo, se esfria cada vez mais.
Ao invés de inclusão, a exclusão. No lugar da aceitação, o preconceito.
E quando não há explicação para tanto moralismo, ou base para esse falso cristianismo,
simplesmente ouvimos a expressão: "É DO DIABO!"
A falta de amor, a discriminação, a ignorância, isso sim pode ser considerado "coisa do diabo".
Que as/os cristã/os PENSEM.
E que o verdadeiro cristianismo seja buscado e vivido.
Mas o AMOR, a base de todo o Cristianismo, se esfria cada vez mais.
Ao invés de inclusão, a exclusão. No lugar da aceitação, o preconceito.
E quando não há explicação para tanto moralismo, ou base para esse falso cristianismo,
simplesmente ouvimos a expressão: "É DO DIABO!"
A falta de amor, a discriminação, a ignorância, isso sim pode ser considerado "coisa do diabo".
Que as/os cristã/os PENSEM.
E que o verdadeiro cristianismo seja buscado e vivido.
sábado, 21 de maio de 2011
Em Nome de Deus
A religião existe desde o princípio. Quando o ser humano percebeu que não podia explicar o mundo e seus fenômenos, antes das descobertas científicas a respeito do universo como o conhecemos, a religião foi a forma encontrada para tentar entender nossa existência.
O relato de Gênesis, que fala da trágica ruptura entre a divindade e o ser humano, descreve essa busca pela “felicidade perdida”, o anseio do finito sobre o infinito.
“Está na essência da religião o esforço no sentido do eterno retorno às suas origens místicas, assim como para a manifestação de uma ordem sempre ameaçada pelo caos.” Antônio Mendonça
Do latim religio ou religare, religião significa um laço entre os homens e deuses, ou seja, ela foi criada para fazer essa religação (perdida) entre Deus(a)/es e o ser humano.
Os anos se passaram, os/as deuses/as continuaram sendo criados/as e adorados/as. Houve um tempo em que a sociedade pensou não precisar mais deles/as. Alguns deuses/as permaneceram. E apesar do hedonismo de nossa era nos levar ao divino apenas em troca de sua graça, a religião é bem presente na nossa sociedade atual.
Com a religião, teoricamente nos acompanha a ética. A religiosidade nos faz buscar sermos pessoas melhores, fazer o bem, nos aperfeiçoar como religiosos/as, a fim de agradarmos a Deus.
Mas a religiosidade que vemos hoje está há muito tempo distante dessa busca pelo divino. Essa prática não tem sido efetiva em nos tornar pessoas melhores.
Com a religião, o ser humano tem se tornado mais individualista (sua fé é só dele/a), mais moralista (regras e dogmas, que fogem ao controle) e, o mais grave, mais alienado/a e fanático/a.
Pessoas matam em nome de Deus.
E com isto, não estou criticando o islamismo (o que é muito comum nos últimos dias), estou falando da minha religião, o cristianismo. Confira a história. Desde o início, os cristãos morrem e matam em nome de “seu único Deus”. Quantos homicídios, quantas chacinas, quantas guerras, em nome desse Deus, que segundo a tradição, é um Deus de amor e perdão. Tão incoerente.
Você pode argumentar, dizendo que não mata em nome do Deus cristão, mas pode ofender o próximo, o odeiar quando este não faz o que para você é certo, desprezar aqueles com religiões e posturas diferentes da sua. Que tipo de religiosidade é essa? Que tipo de cristianismo é esse?
A religião cristã deve nos levar até Deus, nos ensinar o amor, nos encher de esperança diante de toda essa loucura, nos tornar pessoas melhores e mais tolerantes.
“(...)religião significa ser tocado pelas questões últimas, ter levantado a pergunta acerca do ‘ser ou não ser’ em relação ao significado da própria existência e tendo símbolos pelos quais a questão é respondida(...)ser tocado de maneira última a respeito do próprio ser, a respeito de si mesmo e do mundo, a respeito do significado deste, de sua alienação e finitude.” Paul Tillich
Espero que nossa religiosidade nos aproxime de Deus, nos aproxime de nós mesmos, com consciência, e principalmente, nos aproxime do nosso semelhante.
Que nosso cristianismo seja um cristianismo de amor, tolerância e de verdadeira, pura e consciente relação com o Divino.
E que, em nome de Deus, nós AMEMOS.
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